O som ideal para relaxar pode ser aquele que você está escutando no momento, mas há algum tempo quando conheci o som folk lo-fi do Songs of Green Pheasant, pude ter uma experiência de paz e tranquilidade com pensamentos em lugares distantes e calmos. Songs of Green Pheasant é o projeto solo de Duncan Sumpner, um músico e professor de Sheffield (UK), que enviou suas fitas para a gravadora inglesa Fat Cat Records. Duncan gravou as demos em sua casa com um gravador K7 de quatro canais durante o verão de 2002. As primeiras demos enviadas a gravadora passaram por uma compressão digital, para tentar remover os ruídos que um gravador K7 normalmente faz durante as gravações. As faixas desse disco soavam como se tivessem banhadas em neblina, uma qualidade que chamou atenção do selo. Em seguida, Duncan enviou as masters originais e perceberam novos detalhes, puderam compreender mais as letras e decidiram lançar o disco autointitulado Songs of Green Pheasant que saiu em 2005. Alguns críticos tentaram encaixar o som de Duncan em algo que navega entre Simon Garfunkel, Flying Saucer Attack e Richard Youngs. As melodias do projeto são doces e serenas, com toques de psicodelia e ruídos experimentais. São músicas que abordam o dia, a noite, cenários e relacionamentos com influência de literatura. A música “Knulp” tem referência direta ao título de um dos livros do escritor Hermann Hesse. Em 2006, saiu o EP Aerial Days e em 2007 o disco Gyllyng Street. O som do músico já ganhou admiração de Devendra Banhart, Múm e Vetiver. Abaixo o link do primeiro disco:www.mediafire.com/?6os7psk3d4t32eq#2
Ouvindo: Nightfall





















É sempre bom ressaltar a importância de Bud Powell na modernização do jazz, sendo ele um dos principais protagonistas ao lado de Charlie Parker, Thelonius Monk e Dizzie Gillespie na criação do bebop. Bud nasceu em 1924, em Nova York e começou a tocar com 5 anos de idade, aos 7 anos já acompanhava músicos de jazz em concertos e ensaios para ser admirado por outros músicos. Tornou-se profissional aos 15 anos e em 1941, Bud já possuia um nome estabelecido na cena jazzística, quando é convidado pelo ex-trompetista da orquestra de Duke Ellington, Cootie Williams, para excursionar com sua banda. Em seguida agravam-se seus problemas com alcoolismo e anos depois é preso com Thelonius Monk por porte de drogas. Morou na França de 1959 a 1964 e compôs músicas dedicadas ao povo francês, que tanto apreciava a sua música. De volta a Nova York levando uma vida atribulada e com problemas de saúde, Bud vem a falecer em 1966. Ele gravou com Charlie Parker, Dizzie Gillespie, Miles Davis, Sonny Rollins, Dexter Gordon entre outros. Bud Powell escreveu sua história com composições que continuam sendo tocadas até hoje. Os momentos mais luminosos de sua carreira estão gravados pela Blue Note em 3 sessões, realizadas em 9 de outubro de 1949, as pérolas "Dancing of the Infidels" e "Bouncing with Bud", com Fats Navarro (trompete) e Sonny Rollins (saxofone), "Un Poco Loco" com Curley Rusell (baixo) e Max Roach (bateria) em 1° de maio de 1951 e em 14 de agosto de 1953 grava "Glass Ecloure". Disponibilizei uma coletânea com um apanhado dessas gravações que mostram como o piano de Bud é inspirador. Abaixo o Link:









