sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Nos Trilhos de um Blues Acústico...

Eu podia estar em uma estrada do Mississippi, sob velhos trilhos do sul do Estados Unidos escutando um andarilho tocar seu violão national steel com um dedal de metal, trazendo lamentos, pulsação e alma para os meu ouvidos. Foi assim desde o 1° play no som de Kelly Joe Phelps, músico estadunidense que resgasta canções de blues acústico com referências da velha guarda e toques contemporâneos. Kelly Joe Phelps cresceu em Sumner, Washington, uma cidade pequena e simples dos EUA e começou a tocar guitarra com 12 anos. Ele se concentrou em free jazz e seguiu o estilo de músicos como Ornette Coleman, Miles Davis e John Coltrane e passou dez anos tocando jazz como baixista. Mas tudo mudou quando começou a ouvir mestres do blues acústico como Fred McDowell e Robert Pete Williams. O estilo de Joe Phelps é caracterizado pelo seu lapstyle slide, solo em um violão deitado em que ele dedilha e dá palhetadas com uma pesada barra de ferro. Inspirado pelo nascimento de sua filha Rachel em 1990, Phelps começou a compor músicas e a cantar. Em 1995, ele lançou seu eleogiado álbum de estréia, Lead Me On. Depois lançou seu segundo álbum, Roll Away the Stone(1997) e seguiu com Shine Eyed Mister Zen(1999). Seu quarto álbum, Sky Like a Broken Clock, apareceu em 2001, dessa vez com acompanhamento de um baixista e um baterista. Beggar's Oil EP, foi a favorita dos críticos em 2002. Em ordem para alcançar um som rico e orquestrado em Slingshot Professionals, lançado em 2003, ele coletou um ampla turma de músicos para tocar violão, baixo, bateria, bandolim, violino e acordeão. Em 2005, Phelps lançou um álbum acústico, Tap the Red Cane Whirlwind, que foi seguido um ano depois pelo álbum de estúdio Tunesmith Retrofit. Western Bell é seu oitavo álbum, contendo músicas instrumentais e pode ser um verdadeiro passeio pela alma das estradas e trilhas norte-americanas que segundo a definição em seu site são composições tão completamente formadas, tão salpicadas com os fatasmas da American Music, que você juraria que elas existirão por gerações. Segundo o grande guitarrista Bill Frisell: "Ele parece ter batido na artéria de algum jeito. Tem muito acontecendo entre e atrás das notas. Mistério. Ele foi uma inspiração para mim", observa Frisell no site de Phelps ao ter contato com a música do próprio. Concluindo, posso dizer que a música de Kelly Joe Phelps é poderosa, forte como um hino das estradas da região do Delta, Mississippi, forte como uma história contada nas cordas de andarilhos e românticos que tocam seu blues em um violão lapsteel por aí. Abaixo postei o cd Shine Eyed Mister Zen, apreciem !!! Delta Vibe !!!

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