Se o folk brasileiro ainda está por emergir anuncio Momo um projeto que caminha entre o folk e a psicodelia barroca buscando uma sonoridade própria nesse mar de informações globalizada, aluno direto do Clube da Esquina, Marcelo Frota compositor a frente do Momo um mineiro radicado no Rio de Janeiro se destaca por composições calcadas no folk country com doses de psicodelia e pela simplicidade das letras que descrevem sentimentos do homem moderno seja na solidão, tristeza e alegria. Momo nasceu em 2006 e já possui dois cd´s A Estética do Rabisco (Dubas 2007) e Buscador (Indie 2008) e está prestes a lançar o terceiro disco. Tive o prazer de assistir o show de Momo no Teatro Odisséia e pude conferir um artista em pleno desenvolvimento rumando para uma identidade própria, o grupo utiliza um teclado casiotone e efeitos de guitarra para introduzir uma experiência psicodélica nas canções. Seu cd Buscador lançado em 2008 é um belo disco, com destaque para composições mais melancólicas como em Preciso ser pedra, Irmãos, Tristeza e Seu amor e também canções que passeiam por um alt country, fruto das influencias que o compositor tem de Willie Nelson como nas músicas Espinho Desaguou, Se você vem e a canção que dá nome ao disco "Buscador". No álbum também se encontra uma bela balada a la Roy Orbison chamada "Bonita". Marcelo Frota também carrega em sua música a bagagem de ter vivido no exterior: Angola na infancia, nos Estados Unidos na adolescência e em 2005 na Espanha. Em 2009, Momo viajou a Chicago a convite do festival World Music dando início a uma turne por 12 estados americanos, dando um passo importante em seu trabalho. Momo é um projeto muito interessante, vale a pena conhecer.Ouvindo: Momo - Buscador



















É sempre bom ressaltar a importância de Bud Powell na modernização do jazz, sendo ele um dos principais protagonistas ao lado de Charlie Parker, Thelonius Monk e Dizzie Gillespie na criação do bebop. Bud nasceu em 1924, em Nova York e começou a tocar com 5 anos de idade, aos 7 anos já acompanhava músicos de jazz em concertos e ensaios para ser admirado por outros músicos. Tornou-se profissional aos 15 anos e em 1941, Bud já possuia um nome estabelecido na cena jazzística, quando é convidado pelo ex-trompetista da orquestra de Duke Ellington, Cootie Williams, para excursionar com sua banda. Em seguida agravam-se seus problemas com alcoolismo e anos depois é preso com Thelonius Monk por porte de drogas. Morou na França de 1959 a 1964 e compôs músicas dedicadas ao povo francês, que tanto apreciava a sua música. De volta a Nova York levando uma vida atribulada e com problemas de saúde, Bud vem a falecer em 1966. Ele gravou com Charlie Parker, Dizzie Gillespie, Miles Davis, Sonny Rollins, Dexter Gordon entre outros. Bud Powell escreveu sua história com composições que continuam sendo tocadas até hoje. Os momentos mais luminosos de sua carreira estão gravados pela Blue Note em 3 sessões, realizadas em 9 de outubro de 1949, as pérolas "Dancing of the Infidels" e "Bouncing with Bud", com Fats Navarro (trompete) e Sonny Rollins (saxofone), "Un Poco Loco" com Curley Rusell (baixo) e Max Roach (bateria) em 1° de maio de 1951 e em 14 de agosto de 1953 grava "Glass Ecloure". Disponibilizei uma coletânea com um apanhado dessas gravações que mostram como o piano de Bud é inspirador. Abaixo o Link:





